Theresa Kachindamoto, uma chefe sênior do distrito de Dedza, no Maláui, ficou absolutamente indignada ao ver constantemente garotas de 12 anos com maridos adolescentes e um bebê em seus quadris. Pouco tempo depois de ser chamada para o papel de chefe, Kachindamoto começou a agir.
Ela se reuniu com 50 de seus sub-chefes e os fez assinar um acordo para acabar com o casamento infantil em todas as áreas sob sua autoridade. Kachindamoto estava determinada. Ela disse aos chefes:
Gostem ou não, eu quero que esses casamentos não mais ocorram.
Ela até demitiu quatro chefes do sexo masculino depois de saber que eles ainda estavam permitindo casamentos de crianças em suas áreas.

Durante seu tempo como chefe, Kachindamoto anulou 850 casamentos de crianças e relata que todas essas meninas voltaram para a escola. Junto com essa impressionante conquista, Kachindamoto também proibiu a prática de acampamentos de iniciação sexual.
No ano passado, o Maláui deu passos gigantescos para acabar com o casamento infantil nos últimos dois anos. Em 2015, o país aprovou a Lei de Casamento, Divórcio e Relações Familiares, elevando a idade do casamento infantil para 18 anos. Mas havia uma lacuna na constituição – o que significa que meninas de até 15 anos poderiam se casar, tendo o consentimento dos pais.
Em 2018, o Parlamento votou por unanimidade para emendar a constituição e harmonizar as leis – uma conquista que muitos pensavam que seria impossível há apenas um ano.
(Fonte)
Este sim é o verdadeiro empoderamento feminino. Precisamos de mais mulheres como esta em posição de poder, agindo em prol das pessoas indefesas.